O candidato ao governo do Estado pelo DEM, Zé Ronaldo, apostará na força das redes sociais e da televisão para se tornar mais conhecido entre o eleitorado baiano. Com recursos mais escassos, todos os postulantes terão de “se virar nos 30” e usar a criatividade para conquistar o eleitor. Agora, o fundo partidário será a principal verba de manutenção dos partidos, sejam grandes ou pequenos. O fundo eleitoral, novidade em 2018, foi criado para compensar a proibição de doações empresariais. Um partido não precisa atingir um mínimo de votos para ter acesso a esse fundo, mas quanto maior a bancada, maior sua parte.
“Acho uma medida positiva. O que acontece é que a campanha ficou mais curta também. Hoje são 45 dias somente. E sabemos que a campanha só acontece mesmo nos últimos 30 dias. Na verdade, assim, as campanhas terão que se adaptar. Aqueles orçamentos que outrora ocorriam não irão mais ocorrer. E também cresceram as campanhas nas redes sociais, que são uma mídia mais barata. Acho que as campanhas de todos os candidatos terão que se adaptar a essa nova realidade. Não tem outra solução. Ninguém quer correr risco. Em outra época era permitido financiamento privado e uma série de outras coisas. Hoje só poderemos contar com o fundo partidário e as doações de pessoas físicas”, afirma Marcelo Neves, coordenador de campanha de Zé Ronaldo, à Tribuna.
O grupo democrata vai apostar bastante no poder de massa da TV para tornar o ex-prefeito de Feira de Santana popular no Estado. “Mas, principalmente, apostaremos nas redes sociais. É o que tem movimentado. Essa questão do WhatsApp, do Instagram e do Facebook está muito presente nessa eleição mais do que qualquer outra. É usar a criatividade e usar a nossa militância. Não tenha dúvida que será uma campanha diferente das outras. Não teremos muros pintados, placas de rua, carros de som sem a presença do candidato. Você não vai ter mais aquele carro de som que passava no bairro. Então, é uma campanha de certa forma mais fria”, completa Marcelo.
A Justiça Eleitoral divulgou na semana passada o valor do fundo público eleitoral, o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, montante formado com dinheiro público que poderá ser gasto pelos partidos na campanha deste ano. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou hoje o valor exato do fundo que será repartido entre os 35 partidos existentes: R$ 1.716.209.431,00. Os recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha que não forem utilizados pelos partidos serão devolvidos ao Tesouro Nacional.
Informações da Tribuna da Bahia On Line